O prazer esta onde menos se espera.
Estou desenvolvendo uma
pesquisa na área de saúde para a minha pós-graduação numa unidade militar em
plena floresta amazônica. Como o objeto do estudo são populações indígenas fui acolhido
numa base militar onde vou passar um ano e meio atendendo as populações locais
e as do meu estudo, bem como aos militares e suas famílias que residem na base.
Faz pouco mais de 2 meses que estou aqui e as dificuldades de adaptação são
enormes. Primeiro, porque detesto calor e aqui parece que a gente está dentro
de uma panela com água em ebulição e, segundo, porque estamos num isolamento
quase que absoluto. Mas nem tudo está perdido, gosto do meu trabalho e
principalmente pela oportunidade de conviver com pessoas e num ambiente
totalmente diverso daquele que estava acostumado.
Desde a adolescência vez ou
outra me pego observando um homem forte e bonito com um interesse além do que
seria normal. No entanto, como a masculinidade ou a feminilidade nas pessoas
não é algo fixo, ou seja, há homens mais másculos que outros e mulheres mais
femininas do que outras, é natural que um homem com um menor grau de
masculinidade observe outro mais másculo com um olhar que podemos definir, no
mínimo, como curioso. E acho que é esse o meu caso. E, os militares aqui da
base são prodigiosos no aspecto força e masculinidade devido aos intensos
treinamentos físicos a que estão sujeitos. Apesar destes corpos atléticos e
musculosos alguns caras são verdadeiros meninões. Um deles é o tenente Pedro
que, desde que foi me buscar no desembarque do barco que me trouxe até aqui,
vive querendo me assustar com bichos e feras ou se diverte com minha total
falta de familiaridade com a selva. Além de lindo e forte com seus mais de 1,85
m e cento e poucos quilos tem um sorriso de menino pidão e a safadeza estampada
no rosto másculo e viril.
Sempre fui uma pessoa
adaptada à cidade grande. Não sou um mauricinho, mas gosto de me vestir bem e
me cuidar como qualquer jovem urbano o que valoriza meus 1,88m e 80kg
distribuídos por um corpo totalmente liso e definido, sem exageros. Meus traços
germânicos, herdados de ambos os pais, sempre fizeram sucesso tanto no colégio
quanto na faculdade. Afinal olhos muito azuis e cabelos de um castanho bem claro
não são o padrão nacional e, também não passaram despercebidos do Pedro. Ao
menos foi o que eu pressenti logo que ele botou os olhos gulosos em mim,
especialmente na minha bunda empinada.
Nas intermináveis noites
calorentas daqui não há muito que fazer além de longas conversas ao redor de
uma fogueira ou deitado numa rede nas varandas dos alojamentos. Estou morando
numa pequena casa de madeira separada das demais construções da base o que me
dá certa privacidade para estudar, mas me deixa apreensivo quanto segurança.
Mas acho que esse motivo logo vai deixar de existir, pois passei a ser visitado
por diversos oficiais e subalternos logo após um banho de cachoeira que fiz a
cerca de uma semana, onde me senti um manjar especial de tanto olho guloso em
cima de mim.
Uma destas visitas foi o
tenente Pedro. Chegou todo dengoso enquanto eu preparava meu jantar com uma
conversa mansinha e foi ficando. Nesse dia me contou que era casado há 3 anos
mas está ali sozinho pois estava se divorciando. Quando perguntei pelo motivo
da separação ele disse que não sabia exatamente, mas que estava decepcionado de
certa forma com a vida de casado em especial com a vida sexual que levava com a
esposa. E, acrescentou:
-
Falta alguma coisa que não sei definir.
Solteiro, até agora sempre
focado nos estudos e na carreira, sem nenhuma namorada com a qual não passei de
relacionamentos platônicos, eu não era conselheiro adequado para ajudá-lo nesta
questão. Era o que eu pensava.
- Sinto você ligeiramente triste,
apesar das tuas brincadeiras e, evidentemente carente, disso não tem dúvida.
- Tua sensibilidade está à
flor da pele – por sinal, deliciosa – além de muito carinhoso, como pude
verificar quando você atende os pacientes aqui na base.
Fiquei sem graça com a
observação dele e, me limitei a retribuir com um sorriso cheio de afeto.
Fazia um calor infernal, eu
havia saído do banho e estava só com uma calça de algodão branco e um tanto
transparente, de cordão no cós e dobrada até a altura abaixo dos joelhos. Assim
que o Pedro chegou, tirou a camiseta, deixando à mostra um peito levemente
peludo entre os mamilos. Não pude deixar de observar como eram largos aqueles
ombros e como seus bíceps eram desenvolvidos. Enquanto lavava umas verduras na
pia da cozinha ele se aproximou de mim por trás e muito sutilmente passou os
braços à minha volta, como não o repeli, ele me apertou junto ao peito e fiquei
quase sem fôlego quando senti o peito peludo dele nas minhas costas nuas. Nisso
ele aproximou os lábios do meu pescoço e me beijou bem de leve.
- O cheiro da tua pele me
excita. Dá uma vontade de te lamber inteirinho.
Fiquei sem reação. Senti
uma encoxada e algo duro forçando minha nádega.
- Sua pistola está
apertando minha bunda e se isso disparar eu estou ferrado.
Ele deu um sorriso
discreto.
- Eu tirei o cinto com o
coldre e as pistolas estão ali sobre a cadeira junto à camiseta. - Engoli em
seco.
- O que está duro como aço
aqui é outra coisa, que apesar de te machucar um pouco, acho que você vai
gostar bastante.
- Convencido! – Exclamei
tentando me desvencilhar dos braços dele, mas ele não permitiu. Ele me apertou
com mais força e me empurrou contra a pia numa nova encoxada ainda mais
intensa.
- Onde pensa que vai? Deixou-me
num puta tesão e agora quer fugir. Só sai se pagar o pedágio.
- Não fiz nada proposital
e, que estória é essa de pedágio?
- Esse aqui.
Nisso ele me virou e me
beijou na boca, apertando seus lábios contra os meus e procurando mordê-los
enquanto enfiava a língua por entre eles. Não recuei e cedi ao sabor daquela
boca morna e úmida deixando a língua dele penetrar na minha boca, onde a acolhi
mansamente antes de começar a chupá-la. Enquanto ele me apertava contra o corpo
senti o calor que emanava dele e essa sensação confortante me tranquilizou um
pouco, tanto que demorei a perceber que as mãos dele percorriam meu corpo
sondando ora meus mamilos, ora meu ventre e depois deslizando até as nádegas
onde ele as apalpou com violência e vontade. Ficamos um bom tempo assim e
sinceramente não fiz nada interromper este prazer totalmente novo para mim.
Quando me soltou ficamos
ambos olhando um para o outro e, aquele olhar pidão voltou a se estampar em seu
rosto e, como da primeira vez em que eu o havia visto nele, me deu vontade de
abraçá-lo, de acolhê-lo de alguma forma. O desejo que invadiu meu corpo me deu
a resposta e, desta vez, fui eu quem me aproximei dele novamente e comecei a
beijá-lo. Não sei bem como o guiei até o quarto, nem como, ao chegar próximo à
cama, minhas calças já estavam arreadas e as mãos dele seguravam firmemente minhas
nádegas carnudas. Senti um empurrão e cai sentado sobre a cama, enquanto
tentava me sentar, ele abriu o zíper da sua braguilha e baixou as calças até os
joelhos. Bem diante do meu rosto pendia por entre as coxas peludas dele um
cacete com mais de um palmo de comprimento e tão grosso quanto um pepino. Duma
enorme glande vermelha e intumescida babava um líquido claro e viscoso que
impregnou o ar à minha volta com um cheiro de volúpia e sexo. Minha boca foi
atraída para ela como as abelhas para o néctar, sem esperar mais ele pegou o
cacete numa das mãos e o esfregou no meu rosto até parar na minha boca.
Consegui colocar pouco mais que a glande na boca e esta se encheram até
dificultar minha respiração, mesmo assim comecei a chupar gulosamente e senti o
gosto salgado daquele líquido que inebriava minhas ideias. Passei a lamber toda
a extensão do pênis que aos poucos foi ficando cada vez mais duro, minha língua
percorria desde a glande até o saco peludo onde abocanhei um testículo e o
chupei delicadamente, mas com vontade. Deliciei-me com aquele pau enorme como
uma criança com seu novo brinquedo. Em dado momento senti que as mãos dele, que
até ali afagavam meus cabelos, passaram a segurar minha cabeça com mais força e
após uma estocada que fez o cacete chegar até minha garganta, senti um jato de
esperma morno encher minha boca. Sem chance para tomar fôlego, um segundo jato
me fez engasgar e, para voltar a respirar engoli todo o conteúdo que estava na
minha boca, bem como os demais jatos fartos que continuavam a sair daquela
pica. O Pedro deixou escapar um gemido cheio de prazer a me ver engolindo seu
leite e vendo como parte dele escorria pelo canto da boca em direção ao
pescoço, e por me ver tão empenhado em não deixar aquele néctar da sua
virilidade se desperdiçar. Nunca havia experimentado algo tão delicioso, olhei
submisso e carinhosamente para cima em direção ao rosto de satisfação do Pedro
fazendo-o perceber que eu recebia aquilo como um presente muito especial.
Ele terminou de tirar as
calças e os coturnos deixando-se largar sobre a cama, recostado nos
travesseiros, e abriu os braços num pedido para que eu me deitasse sobre seu
peito. Quando encostei minha cabeça em seu ombro e comecei a acariciar os pelos
de seu peito ele abriu as pernas e colocando uma das mãos sobre a minha fez com
que ela deslizasse do peito até a virilha e se fechasse ao redor de seu membro
relaxado. As pontas dos meus dedos percorriam suavemente por entre pentelhos
grossos e negros, tateavam os grandes testículos no saco e brincavam com a
cabeça do cacete.
- Que mão suave você tem,
nem parece à mão áspera de um homem.
- Acho difícil um
profissional de a saúde ter mãos ásperas, lavamos as mãos muitas vezes ao dia e
não fazemos trabalho braçal.
- Gosto muito que peguem no
meu pau. E gosto especialmente do jeito que você o está fazendo agora.
- Também estou gostando
muito de sentir todo esse equipamento na minha mão.
Ficamos ali deitados
naquela posição por mais de uma hora conversando sobre coisas do nosso
dia-a-dia. Eu mantinha minha mão brincando e massageando a vara do Pedro quando
percebi que ela recomeçava a se avolumar e crescer dentro da minha mão.
Desencostei minha cabeça de seu ombro e comecei a beijá-lo mansamente abaixo do
queixo e por todo o pescoço, a cada beijo sentia o pau crescer e o latejar
aumentando por entre meus dedos. Ele colocou uma das mãos em meu rosto e me
beijou a boca com muita tara, enfiando novamente sua língua nela para que eu a
chupasse.
Minha pele e todo meu corpo
ardiam de desejo, me deitei de bruços e ele logo se virou sobre mim beijando
minha nuca e lambendo minhas costas. Suas mãos agarraram minhas nádegas e ele
enfiava os dedos nos meus glúteos separando-os e abrindo meu rego deixando-o
ver as pregas rosadas do meu cú. A maneira como ele me apalpava e o ritmo de
sua respiração denunciava o tesão que ele estava sentindo, era um desejo de
posse, de domínio. Senti uma mordiscada na bunda, depois outra, e mais outra.
Elas iam se sucedendo cada vez mais rápidas, mais ávidas. A língua dele
umedeceu minhas pregas em lambidas ritmadas e o tesão que eu sentia nisso
alterou meu padrão de respiração me levando a gemer baixinho e a empinar cada
vez mais a bunda numa entrega que já era evidente.
Ele começou a pincelar o
cacete babando no meu rego e quando o esfregava sobre minhas pregas eu
involuntariamente piscava o cú, isso o fez pressionar a cabeça do pênis contra
elas com mais intensidade. Eu já estava bastante melado e depois de algumas
tentativas sem sucesso ele acabou conseguindo fazer aquela glande enorme distender
tanto as pregas, como se a lâmina duma faca me cortasse que a penetração
aconteceu simultaneamente a um forte grito de dor meu. Um grunhido de prazer
escapou de sua boca ao sentir a minha musculatura anal apertando e envolvendo
seu cacete que passou a enfiá-lo cada vez mais dentro de mim. Ele sentia tanto
tesão que empurrava a vara dentro do meu ânus morno e receptivo sem se dar
conta da força com que o fazia apenas guiado pelos gemidos que eu soltava,
enquanto eu agarrava o lençol chegando a deslocá-lo do colchão. Só parou quando
as bolas estavam firmemente encostadas na porta do meu ânus. Eu senti o cacete
dando uma empinada dentro de mim e o sangue percorrendo as grossas veias que
saltavam latejantes ao longo daquele mastro de carne. Sem esperar por mais nada
ele começou a bombar meu cuzinho, a principio em movimentos amplos e lentos que
faziam o cacete quase sair completamente e voltar a penetrar até o talo, mas
que foram se intensificando me fazendo sentir as estocadas profundamente e
fazendo minhas pregas arderem como brasa. Ele ia se controlando para não gozar
logo, quando percebia que estava na eminência de ejacular diminuía ou cessava
as estocadas, tomava fôlego e sentindo que a vontade estava controlada voltava
ao ritmo anterior.
- Ah Pedro! Você está me
fazendo descobrir o mais completo prazer que já tive – soltei entre gemidos
Sem que ele pudesse mais se
controlar, deu três estocadas intensas e profundas liberando vários jatos de
sêmen quente nas minhas entranhas. Aquele líquido espesso e viril tomou conta
de mim inundando meu corpo com uma sensação de realização e aconchego.
- Agora eu sei o que sempre me faltou sexualmente. Alguém
que me satisfizesse tão intensamente como você acabou de fazer agora. É
indescritível o que senti ao ter meu membro tão acolhido e desejado pelo teu
cuzinho. Um tesão sem igual.
Minhas pregas estavam entorpecidas e sangrando quando
passei um lenço umedecido sobre elas para remover o excesso de esperma que
estava no meu rego, mas isso não impediu que voltássemos a fazer amor por mais
três vezes durante aquela noite. Ao final da última vez, quando ele me comeu na
posição de frango assado, enquanto a essência daquele macho, na forma de jatos
abundantes de esperma, escorria profundamente dentro das minhas entranhas se mesclando
à minha, nossos olhares fitavam mais do que um ao outro, enxergávamos nossas
almas se tornando um único ser. Por entre os lençóis e ganhando todo o quarto o
ar recendia à dominação e submissão, paixão e cumplicidade, enquanto lá fora já
começava a amanhecer. Foi aí que descobri um sentimento novo que até então não
fazia parte das minhas experiências anteriores. Descobri que o Pedro não era
apenas sexo, apesar disso ser uma novidade para mim, mas ele era amor. Não era
só o pênis enorme e viril, mas era seu jeito, seu olhar, seu sorriso, suas
fragilidades e seus defeitos que ganhavam importância para mim.
Estamos nos conhecendo cada dia mais e dormimos juntos
quase que todas as noites e, até fazendo planos para quando eu terminar minha
pesquisa de campo aqui na Amazônia. Decidimos voltar para São Paulo e morarmos
juntos, o Pedro vai pedir baixa da carreira militar e assumir sua profissão de
engenheiro.
Abandonou e eu peguei para cuidar.
Regina e eu nos
conhecemos na faculdade. Ela foi, na verdade, a primeira pessoa que conheci na
universidade. Depois da maratona que havia sido conquistar uma vaga, numa das
mais conceituadas faculdades de medicina do país, saí para as tão merecidas férias,
e voltei apenas duas semanas depois das aulas já haverem começado. Assim que
deixei meu carro no estacionamento do campus, naquela manhã ensolarada de
fevereiro, encontrei-a caminhando na calçada que dava acesso aos prédios das
faculdades.
- Oi! Você poderia me
informar qual é o prédio da medicina? – inquiri, ao vê-la se dirigindo ao
complexo de edifícios que formava o campus da universidade.
- Olá! É aquele ali.
Também estou indo para lá. – respondeu solícita, apontando para um longo
edifício de quatro andares, que ficava à esquerda de uma grande praça, repleta
de canteiros floridos, bem cuidados e, com uma espécie de lago no centro.
- Ah! Obrigadão! Você
faz medicina? – perguntei para puxar conversa.
- Sim, sou caloura.
Ainda estou me acostumando com essa nova vida. – devolveu orgulhosa.
- Legal! Também sou
calouro. Hoje é meu primeiro dia. – continuei, e esbocei um sorriso de
contentamento ao descobrir que seríamos colegas de turma.
- Nossa! Você está
atrasado! O pessoal vai te zoar direto! Todos os garotos estão carecas e você
ainda está com esse cabelão. – exclamou surpresa.
- É que eu estiquei as
férias um pouco mais. A família toda estava viajando e eu não quis voltar
antes. – expliquei um pouco apreensivo por ter que me submeter ao trote sozinho,
uma vez que os outros já haviam passado por ele.
- Eu sou Regina, muito
prazer! – ela se apresentou, sem perceber minha preocupação.
- Eu Bruno! Legal te
conhecer Regina. – retribui enquanto caminhávamos.
Mal eu havia pisado na
sala de aula, alguns veteranos me cercaram e começaram a zoar comigo. Foi uma
questão de minutos, para eu estar de novo no pátio, sendo pintado e vendo meu
cabelo cor de mel, caindo ao chão e sendo levado pelo vento. Assisti a minha
primeira aula na faculdade, naquela condição precária, sem camisa, todo borrado
de tinta e careca, enquanto todos estavam limpos e arrumados. Regina foi
solidária com meu infortúnio e, no primeiro intervalo entre as aulas, me
emprestou uma toalha para que eu pudesse me limpar um pouco. Ficamos amigos
desde então. Passamos a estudar juntos para as provas, frequentamos as festas
que a turma promovia e, durante o segundo ano da faculdade, chegou até a pintar
um clima entre a gente. Mas eu não me empenhei muito e a coisa foi ficando na
base da amizade. Ela, por sua vez, sentia mais prazer em estar comigo, por eu
ser o cara mais bonito da faculdade, segundo um ranking velado, que corria de
boca em boca, entre as garotas. Tínhamos ambições diferentes e, já durante o
curso, optamos por especialidades diferentes, o que foi nos levando em direções
divergentes. Mas, mantínhamos um relacionamento estreito, amistoso e, de muita
cumplicidade. Ao término do curso, surgiu a oportunidade de eu fazer minha
residência no exterior, o que nos afastou por pouco mais de dois anos.
Trocávamos e-mails com muita assiduidade durante esse período, mas eu notei que
essas mensagens eram cada vez mais breves e, que alguma coisa devia estar
mudando, pois as frases repletas de palavras carinhosas estavam se
transformando em sentenças carregadas de fatos objetivos. Como não estava mais
próximo para analisar as expressões e atitudes dela, achei que deveria estar
ocupada e envolvida com a profissão que, no início de carreira, é sempre muito
estafante.
Tão logo eu regressei
do estágio no exterior, descobri o real motivo dessa transformação. A Regina
estava noiva. Conhecera o Felipe poucos meses após a minha partida e, o cara
não perdera tempo. Regina é uma mulher mais charmosa do que propriamente
bonita, um pouco insegura, que procura num homem, o status que lhe permita
compensar essa insegurança. No entanto, está disposta a retribuir, com um
mínimo, a pessoa que lhe dê essa segurança. Eu fui conhecer o Felipe no dia do
aniversário da Regina. Ela promovera uma festinha que tinha como primeiro
objetivo, apresentar o noivo aos amigos, um sujeito promissor, filho de um
médio empresário e; em segundo lugar, comemorar o meu regresso, apresentando
seu ex-colega de faculdade, agora um especialista em cardiologia, discípulo da
maior eminência mundial na especialidade. Eram essas vaidades que lhe conferiam
um caráter único. Eu sempre vira nela outras qualidades, que me faziam gostar
muito dela e, relevar esses pequenos desvarios. Com o meu regresso, em poucos
meses havíamos retomado nossa velha amizade e, em especial, nossa cumplicidade.
Por isso, a Regina me contava quase tudo o que rolava entre ela e o noivo, que
eu passei a conhecer, mais pela ótica dela, do que pelo meu próprio senso
crítico, uma vez que não o via com tanta frequência.
Numa manhã de domingo,
depois de um estafante plantão de 24 horas, com direito a duas paradas
cardíacas e um infarto insidioso, quando eu mal havia chegado em casa, tomado
uma ducha e enfiado a cabeça nos travesseiros, meu celular começou a tocar um
de seus indefectíveis sons tecnológicos, interrompendo, abruptamente, aquele
mergulhar onírico que conduz ao sono.
- Oi Bruno! Estou
desesperada. Preciso falar com você imediatamente. Onde você está? – desatou a
falar numa voz chorosa.
- O que foi que
aconteceu? Acabo de voltar do plantão. Estava tentando dormir um pouco. –
respondi, novamente alerta como um soldado de prontidão.
- Estou indo aí.
Preciso da sua ajuda. – retrucou, desligando o telefone, sem me dar chance de
descobrir do que se tratava.
Contrariado, tornei a jogar
alguma roupa sobre o corpo, e fui até a cozinha fazer um café, enquanto
aguardava a chegada dela. Quase uma hora depois, ao abrir a porta, ela irrompeu
a entrada do meu apartamento, aos soluços, atravessou a sala em passos
apressados e, se deixou cair sobre o sofá.
- Acabo de ter uma
discussão horrível com o Felipe! Ele me pediu um tempo, mas acho que vai me dar
o fora. Eu gosto dele e não quero que isso aconteça. Acho que foi tudo culpa
minha. Eu não devia ter implicado tanto com ele. – ela derramava as palavras,
mal tomando folego entre uma frase e outra.
- Calma! Vou buscar
alguma coisa para você beber. O que foi que aconteceu exatamente? – perguntei
ao me dirigir até a cozinha, com ela no meu encalço.
- Ele me deixou dois
dias sem notícias. Disse que foi até Curitiba para ver um cliente, e não me deu
um único telefonema. Não é a primeira vez que ele faz isso, me deixando sem
saber onde anda por dois ou três dias. Essa vez eu explodi e ele se zangou. –
explicou, tentando secar as lágrimas com as costas da mão, enquanto aproximava
a caneca de café da boca.
- E isso lá é motivo
para você fazer esse escândalo todo? Ele devia estar ocupado com esse cliente e
não teve como te ligar, ou tirou um tempinho só para ele. Homens precisam
respirar, precisam de um tempo para si. – comentei tranquilamente, tentando
amenizar o ocorrido.
- Toda vez que ele
viaja é isso. Fico sem saber o que está acontecendo e, o que ele está fazendo.
É só uma simples ligação, será que ele não tem como fazer isso? Se não tem, o
que anda fazendo? – retrucou indignada.
- Você está
desconfiando dele. Tem algum motivo para isso? Ele demonstra não estar mais
interessado em você? – perguntei, procurando uma razão para esse comportamento
do Felipe.
- Não. Ele é carinhoso
quando está comigo. Mas ele não me diz o que está fazendo. – insistiu aflita.
- Você não o estaria
sufocando com essa perseguição constante? Isso acaba com uma relação. – afirmei
categórico.
- Por isso acho que foi
culpa minha ele pedir um tempo – concluiu, ao começar a soluçar novamente.
- Acalme-se! Deixe-o
esfriar a cabeça e depois vocês voltam a se falar, com mais tranquilidade e sem
tanta cobrança. – aconselhei, abraçando-a e acariciando seus cabelos.
- Quero que você fale
com ele. Vocês são homens, o faça entender minha aflição e voltar atrás na
decisão dele. – pediu com a voz intercalada pelos soluços.
- Como assim? Eu mal o
conheço. Ele vai achar que estou me metendo entre vocês. Isso não faz sentido.
Mesmo porque, logo, logo, vocês vão estar bem novamente, é só uma questão de
tempo. – retruquei, procurando demovê-la da ideia.
- Jura que vai me
ajudar! Jura! Não me abandone numa hora como essa. – continuou suplicante.
- Isso é um absurdo!
Você precisa se acalmar e vai ver que esse pedido é ridículo. – protestei,
pressentindo que estava entrando numa fria.
- Ele vai te ouvir. Ele
me disse que acha você uma pessoa legal e muito cordata, me confessou que gosta
do teu jeito. – confidenciou me fazendo saber que cheguei a ser assunto de
conversas entre eles.
- Nós nos encontramos poucas
vezes. Não tenho intimidade para falar de você com ele. – argumentei intrigado
com essa revelação.
Consegui que ela fosse
para casa, refletisse sobre o pedido que me fizera e, esperasse uns dias antes
de falar com o Felipe novamente. No entanto, meu sossego durou pouco. No dia
seguinte, ela insistiu que eu devia procurá-lo e, ajudá-la a convencê-lo a
voltar para ela. Consegui protelar as coisas por quase uma semana. Todo dia
recebia uma ligação dela, ou ela vinha se encontrar comigo, para que tomasse
uma providência. Até que ela mesma deu inicio a questão. Pediu que alguém
ligasse para o Felipe deixando um recado, como se tivesse partido de mim, para
que nos encontrássemos.
Já passava das 20h00min
de uma sexta-feira, na porta do meu consultório, eu me despedia do último
paciente daquele dia, encerrando meu trabalho, exatas catorze horas depois de
iniciá-lo naquela manhã.
- Doutor, há mais uma
pessoa na sala de espera querendo falar com o senhor. – avisou minha
secretária, já pressentindo que sairia depois do seu horário.
- O Sr. Antônio não era
o meu último paciente de hoje? – indaguei exausto.
- A pessoa disse que
não é paciente, que o senhor o conhece. Chama-se Felipe. – informou prestativa.
- É verdade. É o noivo
da Dra. Regina. Pode mandá-lo entrar e, vá para casa descansar, já é tarde. Bom
final de semana! – esclareci, liberando-a. Mas, intrigado com aquela visita.
Depois de fazer o
Felipe entrar, minha secretária, visivelmente aliviada por não ter que esticar
seu horário, saiu nos deixando a sós.
- Olá Felipe! Como vão
as coisas? A que devo sua visita? Como está a Regina? – perguntei na ansiedade
de obter as respostas e, finalmente poder ir para casa.
- Bem! Estou aqui a
pedido seu! Foi ótimo marcarmos, pois já faz um tempinho que eu procuro uma oportunidade
para conversar com você. – respondeu um tanto surpreso com minha indagação.
- Meu pedido? Como
assim? – quis saber curioso.
- Acho que foi sua
secretária que ligou lá na empresa solicitando que eu entrasse em contato.
Preferi vir pessoalmente. – esclareceu comprovadamente feliz com o nosso
encontro.
- Ando tão atarefado,
que nem me lembro do que peço a minha secretária! – disfarcei desconsertado,
após murmurar entre dentes, ‘A Regina me paga por essa esparrela!’
- Tenho épocas assim na
empresa também. É o preço que pagamos por viver nessa agitação. Continuou sem
se dar conta de como eu havia ficado sem graça.
Para meu alívio ele
tinha um papo ótimo, conversamos sobre vários assuntos e, pela primeira vez,
notamos que havia uma grande sintonia entre nós. Ele queria que fôssemos para
um lugar mais agradável. Talvez um jantar, propôs, alegando que eu deveria
estar cansado de ficar encerrado no meu local de trabalho. Decepcionado com
minha recusa resolveu retomar a questão que o trouxera até mim.
- Você ainda não me disse
qual a razão do seu contato? – perguntou, me colocando contra a parede.
- Na verdade, foi um
pedido da Regina. Sinto-me até constrangido de fazer esse papel. Sei que não
tenho nada a ver com a relação de vocês. Mas a grande amizade que tenho por
ela, me levou a querer interceder por ela. Digo pelo mal entendido que deve ter
havido entre vocês. – consegui dizer, não encontrando as palavras no meio da
minha vergonha em desempenhar o papel de alcoviteiro.
- Ah! É sobre a Regina
que você quer falar? – Está tudo bem com a gente. Ela me estressou um
pouquinho, nada que não se resolva logo. – disse, ao reparar que eu estava
encabulado ao abordar esse assunto e, tentando disfarçar sua expectativa em
relação a nossa conversa.
- Foi o que eu disse a
ela! Você sabe como ela é insegura. Peço desculpas por me meter, mas torço para
que vocês se acertem. – concluí intrigado com seu ar de decepção, ao saber que
o assunto era a Regina.
Aliviado por encerrar a
conversa, tive que recusar mais uma vez sua insistência para que fôssemos ao
menos tomar alguma coisa e continuar nosso papo descontraído de antes. Fui para
casa disposto a ligar para minha amiga dando-lhe uma tremenda bronca pelo que
me havia feito passar. Estava tão cansado que, durante a ducha morna que tomei
ao chegar em casa, só pensei no final de semana sem plantão que tinha pela
frente e, desisti da ideia. Procurei em vão na minha geladeira de solteiro,
algo para tapear a fome. A visão desoladora me fez fechar a porta dela e ligar
para um deliveryde comida
chinesa. Enquanto aguardava fui colocar um short, pois ainda estava com a
toalha de banho enrolada na cintura e, colocar o CD que eu havia comprado há
três dias e, andava metido da minha pasta, ainda embalado como veio da loja.
Pouco depois o interfone toca e o porteiro me avisa que meu pedido chegou e
estava subindo. Deixei a porta entreaberta e fui pegar a gorjeta do entregador.
Ao me virar, pronto para pegar meu pedido e liberar o rapaz, quase tenho um
troço. Quem está postado no meio da minha sala, segurando o pacote nas mãos com
um sorriso maroto é o Felipe.
- Oi Felipe! O que você...Quero
dizer, quem deixou você...Issoé o que você faz aqui? – perguntei todo
desconsertado e sem entender o que estava acontecendo.
- Desculpe a invasão.
Encontrei o rapaz na portaria, quando estava falando com o porteiro, e
aproveitei para entregar eu mesmo. – esclareceu, satisfeito pela coincidência
ter-lhe facilitado às coisas.
- É que não o esperava.
Quero dizer, não o imaginava vindo aqui. – eu balbuciava confuso e perdido.
- Estou faminto! Será
que dá para dois? – perguntou, ao sinalizar que permanecia segurando o pacote
que eu, ante a perplexidade, deixara de tirar de suas mãos.
- Perdão! Claro. Só não
sei se é de seu agrado. Pedi o que estava mais fácil. – respondi ao pegar o
pacote.
Ele estava muito
animado, eufórico, eu arriscaria dizer, e nossa conversa fluiu espontânea e
descontraída. Entramos noite adentro sem que eu me desse conta. Muito embora,
em determinadas ocasiões, nosso diálogo estivesse recheado de frases, cuja
conotação, parecia fugir do assunto que abordávamos. Soavam como metáforas,
carregadas de duplo sentido. Entrelinhas, eu pude notar que o Felipe estava
interessado em mim, de um jeito diferente. Ele parecia me desejar. Isso foi
ficando evidente, quando notei, paralelamente, que ele não desgrudava os olhos
de mim. Seu semblante exibia um olhar arguto sobre meu corpo, cuja expressão
não me era estranha, pois já o notara em encontros anteriores. Cheguei a me
sentir nu, diante do arrebatamento de seu olhar. Enigmaticamente, isso não me
incomodou.
Quando terminamos o
jantar, fui levar os pratos até a cozinha, no que ele se prontificou a me
ajudar, a despeito do meu protesto. Eu estava em frente a pia, quando senti sua
aproximação ágil e perturbadora, às minhas costas. Antes de poder me virar,
seus braços musculosos envolveram minha cintura e, comprimindo seu corpo contra
o meu, ele me encurralou encoxando minha bunda.
- Você é um tesão, de
tão gostoso! – ele declarou, com sua voz grossa e pausada, lançando o hálito
morno em minha nuca.
- O que é isso? Deixa
de besteira! – consegui balbuciar, sentindo minhas pernas como que adormecidas,
e a mão dele se insinuando entre as minhas nádegas.
- Faz tempo que estava
com vontade de fazer isso, mas você não abria uma brecha para o meu tesão. –
confidenciou, enquanto se esfregava em mim, apoderando-se do meu corpo.
- Estou pasmo! –
retruquei, sem encontrar as palavras e, ignorando esse seu desejo.
Começamos a nos beijar
sofregamente. Os lábios dele roçavam os meus e, nossas línguas se lambiam
mutuamente, numa dança sensual e reveladora. Sentir aquele homem de musculatura
avantajada me pegando com tamanha volúpia e, o gosto de sua língua penetrando minha
boca, embaralhou minhas convicções. Eu só conseguia responder, permitindo que
ele se apoderasse de mim e, retribuindo com um tesão que começava a dominar meu
anseio. Enquanto ele enfiava as mãos sob meu short, comecei a desabotoar sua
camisa, expondo seu peito largo coberto de pelos masculamente sensuais. Eles
estavam ao alcance das minhas mãos ávidas e carinhosas. Abandonei meus pudores
e, fiz meus dedos deslizarem suaves entre aqueles pelos grossos, explorando
carinhosamente o caminho que levava até seu umbigo. Aquilo o excitou, fazendo
com que o contorno de sua pica começasse a se desenhar abaixo das calças. Logo,
uma mancha úmida se formou na lateral da braguilha, enquanto o desconforto, com
o tecido a cercear seu instinto, tornava-o cada vez mais indócil. Ele pegou
minha mão direita e a pousou sobre seu caralho retesado, lançando-me um olhar
suplicante, para que eu desse a liberdade àquele falo necessitado. Eu passei a
obedecer àquelas ordens, dadas com tanta sutileza, com uma submissão, até
então, camuflada no meu ser. E, essa sensação era maravilhosa.
Quando terminei de
abrir suas calças e afastar a cueca, uma jeba enorme e calibrosa, irrigada por
sinuosas veias, saltou melada para fora, como um animal que se liberta da
jaula. Instintivamente, fui me ajoelhando diante dele, enquanto tateava a ponta
dos meus dedos, descobrindo a virilidade daquele cacete selvagem. O cheiro
másculo que emanava dele, me fez desejá-lo, e meus lábios começaram a deslizar
suaves ao longo da pica latejante, antes que eu a começasse a chupar com avidez
descontrolada. Ele se contorcia sob a ação da minha boca, sugando cada
centímetro da sua verga e, gemia de tesão. Seu olhar dominador não perdia um
único movimento meu e, a submissão contida nos meus olhos, fitos em sua reação,
aumentava sua gana e seu prazer. Com toques sutis, minha língua começou a
descobrir a consistência do sacão do Felipe, cuja pele corrugada e revestida de
grossos pentelhos negros, deixava ver o conteúdo que abrigava; duas bolas
enormes, que pendiam pesadas, como símbolo máximo de sua virilidade. Vê-las
deslizando pelo meu rosto enquanto eu o chupava, quase fez com que ele gozasse.
No entanto, ele queria que eu permanecesse mais tempo brincando com aquilo,
antes que isso acontecesse. Por isso, segurou minha cabeça entre suas mãos e
afastava minha boca gulosa, assim que se via na iminência de ejacular. Assim
que conseguia controlar seu tesão, permitia que eu voltasse a provocá-lo. O
cheiro dele me inebriava, aumentando a minha vontade de provar seus fluidos e,
meu olhar suplicante desconcertou-o, fazendo-o gozar seguidos jatos de porra
cremosa, que encheram minha boca e escorreram pelo queixo, numa abundância
espetacular. Eu engolia aquele sêmen perfumado com voracidade sedenta, sob o
olhar pleno de satisfação dele. Aos poucos, ele foi se ajoelhando ao meu lado,
circundando seus braços em meu torso nu e metendo a língua na minha boca, num
carinhoso beijo compartilhado. Encontrei na tranquila profundeza de seu olhar,
a mesma sensação que se apossara de mim. A de que, parte da minha felicidade,
estava naquele homem.
Os espasmos que
percorriam meu corpo não cessavam. Caminhei até o quarto, com a mão do Felipe
acariciando a pele branca e lisa das minhas nádegas carnudas e, enquanto
removia a colcha da cama, os pelos de sua barba áspera espetavam minha bundinha
e sua língua percorria as pregas do meu cu. Eu gemia deliciado com aquela
sensação, e ele investia contra aquele orifício rosado com a voracidade de um
lobo faminto. Meu cuzinho piscava de tesão quando o polegar dele se insinuou
entre as pregas, num jogo sedutor de tira e enfia, onde ele testou a
flexibilidade do meu esfíncter anal. Num giro rápido, meu corpo foi apertado
contra o colchão, enquanto ele colocava minhas pernas abertas sobre seus
ombros. Ajoelhado na beira da cama sua pica resvalava meu rego, quando seu
torso se inclinou sobre mim e sua boca se colou à minha. Abracei-o receptivo,
retribuindo seu beijo molhado e desejoso. Enquanto uma das suas mãos acariciava
meu rosto, a outra guiava o cacete, forçando-o de encontro ao meu cu. Tenso
como me encontrava, por temer aquela jeba grossa, todos os meus músculos
perineais estavam contraídos, dificultando a penetração. O cuzinho tão apertado
era um desafio que o deixava ainda mais louco de tesão. Penetrar meu anelzinho
nestas condições o excitava cada vez mais. Após algumas tentativas afoitas, a
cabeçorra melada conseguiu distender minhas preguinhas, dilacerando-as, e
penetrando em meu cuzinho morno e aconchegante. A satisfação dele se completou
com meu grito de dor. Todo o tesão que ele nutria por mim, podia finalmente ser
saciado. Eu estava subjugado sob aquele corpo enorme e, ele sabia que podia dar
vazão a seus instintos, se apoderando de mim, segundo sua vontade. Ele metia o
caralho no meu cu ao som dos meus gemidos suplicantes e, não parou enquanto
toda a pica estava cravada nas minhas entranhas. Apenas as bolas do sacão dele
ficaram de fora, comprimidas contra meu rego. Eu arfava de dor e prazer, ao
mesmo tempo em que envolvia aquele macho pesado em meus braços carinhosos, numa
demonstração de quão realizado eu me sentia, com ele latejando alojado dentro
do meu corpo. Beijamo-nos demoradamente, antes dele começar a movimentar seu
cacete dentro de mim, estocando-o, sem dó, entre minhas carnes dilaceradas. Ele
urrava baixinho, enquanto a pica ágil deslizava apertada pela minha musculatura
anal. Quando um ardor quase insuportável se alastrava por minhas entranhas,
seus urros aumentaram, simultaneamente, a estocadas se tornaram mais profundas,
e jatos de porra começaram a molhar minha intimidade, me fazendo chorar de
tesão. Ele todo suado, se deixou cair pesadamente sobre mim, entregando-se aos
meus afagos carinhosos.
- Você é o tesão da
minha vida! Quero ser seu macho! – sussurrou com os lábios úmidos se esfregando
no meu pescoço.
Fitei-o docemente no
fundo daquele olhar sereno e, deslizei a ponta dos dedos pelo contorno de sua
boca, meu sorriso complacente foi à resposta afirmativa que ele tanto queria.
Enquanto os meses iam
se sucedendo, nossos encontros se tornavam mais amiúdes e cheios de
cumplicidade. O casamento do Felipe e da Regina se aproximava e, ela feliz por
ter conseguido nos aproximar um do outro, não fazia ideia de quão íntimos nós
dois estávamos. Esse segredo me incomodava e, por diversas vezes, quis contar a
ela o que se passava, mas o Felipe me dissuadia, pedindo para que eu deixasse
as coisas como estavam.
- A Regina me tem como
um troféu, mais do que o desejo de me ter como homem. Ao contrário de você que
me ama exatamente por isso. Ela vai ser a reprodutora que me dará filhos, e
você, vai ser aquele que me dará amor por eu ser seu macho. – dizia ele,
convencido de que socialmente esta seria a melhor solução.
- Eu amo você! Não sei
mais viver sem seus carinhos. Não quero te perder nunca. – declarou enquanto me
tomava em seus braços e me beijava cheio de tesão.
- Também te amo muito!
Sinto que o destino nos armou uma cilada, mas não sei ficar sem você. –
confessei, receando em meu íntimo perder esse amor.
Após o casamento deles
e o regresso da viagem de núpcias, a primeira coisa que o Felipe fez foi vir me
ver.
- Estou cheio de
saudades e de tesão de te ter. – foi dizendo ao entrar no meu apartamento e
buscar desesperadamente por meus beijos e meus afagos.
- Mas você está
voltando da lua-de-mel, não colocou suas necessidades em dia? – brinquei ao
recebê-lo com toda ternura e devoção.
- Você sabe que não!
Nada supera o desejo que tenho por você! É do seu amor que eu preciso! –
continuou, antes de me conduzir até o quarto, onde nos amamos demoradamente,
amenizando a saudade e o tesão que nos unia.
Aquilo que o Felipe
pressentia antes do casamento deles está se confirmando agora que, decorridos
dois anos, e com a chegada recente do primeiro filho deles, a Regina está mais
próxima daquilo que queria. O casamento e o filho são a imagem de seu papel de
esposa e mãe que ela sempre apresentar a sociedade, enquanto na intimidade, já
comentou não querer outros filhos e, o sexo com o marido, quanto mais
esporádico, mais lhe agrada. Assim, tenho o Felipe a cada dia, mais inteiro só
para mim. O que ambos estão adorando.
A viagem da minha vida
Quando voltei para o
quarto, vindo do banheiro anexo, Francisco estava esparramado sobre a larga
cama, iluminado de um lado, pela luz âmbar do abajur da mesa de cabeceira e, de
outro, pela luz prateada de uma lua, quase cheia, que se infiltrava pelas
frestas da porta veneziana que dava para a sacada. Nessas horas ele sempre me
parecia ainda maior do que já era. Seus músculos expostos ao longo de mais de
190 centímetros, davam a real dimensão daquele corpanzil, que acabara de estar
sobre mim, por mais de meia hora. A cada passo que eu dava, para ir me ajeitar
nos braços que ele estendia abertos no ar, como que indicando o caminho para
seu peito peludo, onde ele gostava de me instalar após haver-me fodido, me
fazia sentir a porra pegajosa aderida às minhas entranhas e, a dor que se
irradiava por toda minha pelve, devido às estocadas brutais que sua pica
avantajada acabara de dar no meu cuzinho.
- Humm! Adoro o cheiro
da sua pele úmida! Assim você vai fazer meu pau endurecer já, já! – ele
sussurrou em meu ouvido, enquanto lambia minha orelha.
- Ai! Para um pouco, se
aquieta! Eu estou todo dolorido! – retruquei, com a mão espalmada sobre sua
coxa peluda.
Com o controle remoto
da televisão numa das mãos, ele navegava distraído entre os canais, sem prestar
muita atenção no que se passava na tela a sua frente. Interessava-o a marca
arroxeada que seus dentes deixaram ao redor de um dos meus mamilos. A mão dele
tateava meu mamilo e, minha outra mão se apoiava sobre a dele, como que se
protegendo da investida dele. Os dedos dela se crisparam sobre os dele, quando
ele se deteve no canal Nat Geo., ao mesmo tempo em que as pregas do meu cu se
contraíram dolorosamente, à simples menção da palavra Patagônia. Tratava-se de
uma reportagem sobre aquela conjunção perfeita de lagos, rios, montanhas, vales
e estepes infinitas, numa eterna sucessão de imponentes paisagens. Onde o
contato com a natureza e a possibilidade de praticar uma enorme quantidade de
atividades que satisfazem as expectativas tanto das almas mais intrépidas como
das mais contemplativas, propiciavam um destino inesgotável, um lugar único,
onde a natureza desvenda seus segredos e manifesta sua grandeza em todo o seu
esplendor.
- Quero ir para lá com
você, numa das nossas férias! Afinal, você já conhece alguns destes lugares,
como pude ver numas fotografias que você tirou, antes de nos conhecermos. –
disse, voltando sua atenção para as imagens paradisíacas que se sucediam a
nossa frente.
- Eu gostaria muito de
voltar lá algum dia, especialmente com você. – assenti, enquanto acariciava seu
rosto e, tentava, inutilmente, disfarçar o impacto que a lembrança dos dias que
passei entre aquelas belezas naturais, me causava.
- É impressão minha ou
você se abalou com a perspectiva de voltar lá? – indagou perspicaz e
desconfiado.
- Não. Claro que não! –
respondi, sem conseguir encará-lo.
- Em outra ocasião,
quando conversávamos com aquela sua amiga... Como é mesmo o nome dela? ... Você
também se mostrou desconfortável. – continuou a sondar interrogativo.
- A Laura. Não foi nada
demais. – respondi econômico.
- Dá para contar o que
rolou nessa viagem? Não gosto de ver trocas de olhares enigmáticos entre você e
seus amigos quando falam do passado e, eu não saber do que se trata. – insistiu
enciumado.
- Viu como você já está
todo enfezadinho! Você se esquece de que eu te amo e, que você é tudo na minha
vida. Não há passado que tenha mais importância do que você. – retruquei
apreensivo, beijando-o submisso, enquanto minha mão deslizou entre suas coxas e
acariciou seu caralho.
- Então conta! –
ordenou enfático.
Estudando as frases com
todo o cuidado, para não ensejar nenhum pensamento dúbio, iniciei o relato
daquelas férias.
O Leonardo e a Bia,
naquela época ainda não eram casados, o Carlos, a Laura, o Júlio e eu
comemorávamos um ano de formados, num barzinho recém-inaugurado, quando
decidimos empreender uma viagem juntos. Estávamos procurando algo que fugisse
do convencionalismo, que pudesse satisfazer as expectativas de todos, quando o
Carlos sugeriu como destino a Patagônia argentina. Afinal, não é todo dia que
se pode cavalgar por trilhas e caminhos onde poucas pessoas já estiveram. A
possibilidade de chegar a lugares inóspitos ou de incrível beleza, atravessando
a meseta patagônica e a cordilheira dos Andes seria a chave do sucesso dessa
aventura. Saímos de lá decididos e começamos a traçar um roteiro para os dias
que dispúnhamos. Exatos dois meses depois, iniciamos a empreitada. Chegamos a
Bariloche numa manhã de outono, banhada por um sol manso que projetava a
silhueta das montanhas por sobre as ruas da cidade. De lá seguiríamos para
Neuquén a 440 quilômetros ao sul, onde poderíamos alugar veículos de tração 4x4
e nos empreender por dois famosos caminhos, com enormes distâncias e dificuldades
no terreno, ao longo da Rota 40. Pousaríamos em pequenos hotéis e estâncias, e
lá, andaríamos de bicicleta, a cavalo ou faríamos trekking explorando os
bosques milenares, montanhas cobertas de branco e lagos cristalinos, orientados
pelos guias locais.
Começamos por El
Chaltén, a capital do trekking da Patagônia, localizada perto do lago Viedma no
parque nacional Los Glaciares. Quem visita esta paragem o faz motivado pela
beleza das duas montanhas mais difíceis de escalar do mundo. Não pretendíamos
escalá-las, apenas caminhar entre os bosques ao redor das suas bases. A
proposta era fascinante e decidimos encará-la. Procuramos uma agência indicada
pelo hotel e fomos conhecer os detalhes do passeio.
Quem nos recebeu foi um
senhor, muito simpático e falador, que entre prospectos, fotografias e
reportagens em revistas especializadas em turismo, nos mostrou as
possibilidades de um trekking que duraria aproximadamente um dia. Combinamos a
partida para a manhã seguinte, quando ele nos mandaria apanhar no hotel por um
guia que dominava a região. Um contratempo acabou mudando os planos. Após o
jantar a Bia sentiu-se mal, com uma crise de cólicas menstruais, que não
estavam cedendo aos medicamentos. E, o Carlos começou a passar mal,
provavelmente, devido a um alimento que ingeriu, num restaurante de beira de
estrada, durante o almoço. Com essas duas baixas, o Leonardo solidário
com a namorada, também preferiu não ir e, o Júlio e a Laura que só toparam a
participação no trekking para não ficarem sozinhos, também estavam a fim de
desistir. Eu me preparava para ligar para a agência, logo após o desjejum,
quando um funcionário do hotel veio junto à nossa mesa, anunciar que o guia nos
aguardava na recepção.
- Vá você. Você curte
tanto uma caminhada. Não perca essa oportunidade. – disse o Júlio, a me ver
contrariado pelo cancelamento do programa.
- Sozinho não tem
graça. Vamos fazer outro programa. – argumentei frustrado.
- A Bia só deve estar
legal amanhã ou depois. Eu estou imprestável hoje e, sem ânimo para fazer nada.
É uma pena você desperdiçar a chance. – contra argumentou o Carlos.
- O que devo dizer ao
guia? – perguntou o funcionário, aflito com nossa indecisão.
- Pode deixar, eu vou
conversar com ele, ver se podemos reagendar e, se estamos a lhe dever alguma
coisa. – respondi decidido.
Ao me aproximar do
balcão da recepção, um homem imenso, cujos músculos distendiam a camiseta
apertada em seu tronco, veio ao meu encalço com um sorriso largo e amistoso.
Embora tivesse mais ou menos a mesma idade do que eu, a barba cerrada por fazer
e a aparência máscula, davam-lhe um ar mais maduro. O caminhar singular, de
pernas muito abertas, como se uma bola de futebol estivesse interposta entre
suas grossas coxas, conferia-lhe um aspecto truculento.
- Hola! Soy Ramón
Uguirra! – exclamou, apertando com força exagerada minha mão, enquanto me
cumprimentava sem se dar conta de que ainda falava em espanhol.
- Hola! Como estás? –
devolvi no mesmo idioma.
Expliquei o que estava
acontecendo e que talvez tivéssemos que reagendar o passeio. Ele lamentou e
disse que não haveria como nos encaixar nos dois grupos que estavam programados
nos dias subsequentes, pois se tratava de grupos maiores já previamente
agendados. Ele me convenceu a fazer a trilha, mesmo sozinho e, por isso, voltei
à mesa do restaurante para comunicar minha decisão.
O caminho até a base da
montanha seria feito de carro e de lá, seguiríamos a pé, por cerca de seis
horas, através de uma trilha cruzando um bosque de coníferas, até as águas
cristalinas do lago, com direito a uma espetacular vista do vale que se
descortinava lá embaixo. Havíamos saído um pouco tarde, por conta da minha
demora em tomar uma decisão e, passadas seis horas de caminhada eu questionei o
Ramón quanto ao fato de não estar nem vislumbrando indícios da presença de um
lago nos arredores.
- Faz uns três anos que
não venho até o lago e, creio que entrei numa trilha um pouco mais longa. –
disse ele, enquanto analisava as encostas da montanha e, tirava a pesada
mochila das costas, para procurar sua bússola.
- O que? Você está
perdido e só me diz isso agora? Que guia é você? – explodi furioso e incrédulo,
com o resto de fôlego que me sobrara.
- Não estou perdido.
Estou momentaneamente desorientado por conta do tempo em que não ando por estes
lados. – retrucou com cara de poucos amigos.
- Isso dá no mesmo!
Como aquele velho me manda um incompetente como você como guia? – revidei
desolado.
- Aquele velho é meu
pai e, eu não sou nenhum incompetente. Sei muito bem o que estou fazendo e o
que devo fazer. – respondeu aos berros, irritado com minha observação.
- Desculpe! Não quis
ofender seu pai. Mas tenho lá minhas duvidas quanto ao que você sabe fazer. – continuei
não me dando por vencido e, fazendo a associação com o sobrenome dele e a
agência Uguirra Expedições.
As frentes frias com
vento de mais de 100 km/h são comuns na região, se formam repentinamente, mesmo
em dias ensolarados. Essa mudança brusca nas condições climáticas se torna
verdadeira armadilha para os incautos. E, nós estávamos presenciando a
aproximação de uma delas.
- Temos que nos
abrigar, vamos precisar montar a barraca que está nas mochilas e passar a noite
aqui, não dá mais para voltar hoje com este tempo piorando. – me comunicou o
Ramón, muito cônscio da atitude a ser tomada.
- Pernoitar aqui? Nesse
fim de mundo e, com esse tempo horrível? Nessa droga de barraca? Você deve
estar doido, se acha que vou concordar com isso! – argumentei, apavorado com a
ideia de passar a noite naquelas condições.
- O que você sugere?
Quer esperar que a chuva e os ventos nos alcançassem, antes de montarmos um
abrigo? – indagou irônico.
- Quero que você me
tire daqui e me leve até o hotel em segurança! Faça alguma coisa, chame socorro
pelo celular. – gritei com o desespero a se apoderar de mim.
- Deixei o celular no
carro, lá embaixo, ao pé da montanha. Quer parar de ter chiliques e me ajudar a
montar a barraca. Ela é forte o suficiente, para prover um bom abrigo, só
precisou fixá-la muito bem. – continuou tranquilo, enquanto desenrolava a
barraca.
- Não estou tendo
chiliques. Quem você pensa que é para falar assim comigo. Você nos colocou
nessa situação. Esquecer o celular lá no carro, belo guia você é! – revidei
possesso.
- Se você não tivesse
demorado tanto para se decidir, não teríamos saído tão tarde do hotel. E o
celular é de pouca ajuda por aqui, ou você acha que ele funciona nesse deserto?
– retrucou, sem interromper o que estava fazendo.
- Você tá jogando a
culpa de estarmos nessa enrascada nas minhas costas? – perguntei, espantado com
a ousadia.
- Segura essas cordas e
não deixe que estas hastes saiam do lugar! E, cale essa boca! – ordenou
decidido.
Com as rajadas de vento
aumentando, concluímos a montagem da barraca que, contudo, se mostrou muito
resistente e pouco se movia protegida entre uma fenda da montanha, lugar que
ele procurou, após meticulosa inspeção do terreno. Era um espaço minúsculo, mas
não permitiria que nos molhássemos com a forte neblina, que mais parecia uma
chuva miúda, que açoitava nossos corpos.
- Desenrole o
colchonete que está na sua mochila para forrar o chão da barraca. Vou checar
novamente as amarras, especialmente as que você fez, para ver se está tudo em
ordem. – continuou ditatorial.
Estava farto de
discutir inutilmente com aquele troglodita e, depois de seguir suas ordens,
tirei minhas roupas molhadas, ficando apenas de camiseta e cueca, e me enfiei
entre o colchonete forrado com lã de carneiro. Ele entrou na barraca, me
estendeu um pacote de biscoitos, alguma barra de cereal e chocolate e, começou
a servir uma caneca de chá fumegante de uma garrafa térmica.
- Não obrigado! Perdi a
fome! – balbuciei desconfortável.
- Não seja teimoso! Vai
ser uma noite longa e sem se alimentar será mais difícil suportar o frio. –
insistiu, enquanto começava a despir as roupas encharcadas.
Segurei a caneca quente
entre as mãos enregeladas, e fui sorvendo goles do líquido adocicado e
fumegante. Aos poucos o calor foi conquistando meu corpo, nem sei se pelo
efeito do chá, ou pela visão daquele homem praticamente nu, que se juntava a
mim sob o colchonete. Um peitoral onde os pelos desenhavam redemoinhos, e seguia
por uma linha, em direção à barriga, indo se juntar aos que se escondiam mais
abundantes sob a cueca branca. Ali, um volume projetava uma saliência enorme,
cujos contornos traçavam a silhueta da sua pica e de um sacão descomunal.
Fiquei sem graça, quando ele entrou sob o colchonete e, ele percebeu, com
satisfação, mal disfarçada, meu embaraço com a situação.
A penumbra dava lugar à
escuridão, tomando conta do céu. Anoitecera rápido, embora mal passasse das 18
horas e, uma chuva fina, fazia a água escorrer pelas laterais da barraca.
Estávamos aquecidos, mas uma sensação de insegurança ia ganhando força no meu
íntimo. O sibilar de um pequeno lampião a gás, distribuindo sua claridade
amarelada, interrompia o silêncio que se formara de repente.
- Está tudo bem? –
perguntou o Ramón, desfazendo o silêncio.
- Bem? Não sei como
você consegue ser tão irônico numa hora como essa? – revidei carrancudo.
- Maricón! Ló que necessitas
es una verga follando tu hoyito y dejandote lleno de leche. – murmurou entre
dentes, a fim de que eu não o pudesse compreender.
- Cretino! Entendo
muito bem a porra do seu idioma, seja homem o suficiente para não ficar se
escondendo sob essa tática. – respondi, encarando-o desafiadoramente.
Meu olhar fixado
provocativamente nele, aliado aos contratempos e problemas das últimas horas,
foi tudo o que ele precisou para partir para o ataque. Cheguei a levantar as
mãos para proteger meu rosto, pois pensei que levaria um soco, mas para minha
surpresa, ele segurou com firmeza meus antebraços e forçou minhas costas contra
o chão duro, me imobilizando. Tentei, em vão, me safar de suas mãos, sem sucesso.
Comecei a me contorcer e tentar me livrar do colchonete, que cerceava o
movimento das minhas pernas. Sem forças para lutar contra os braços fortes dele
e, sem condições de acertar-lhe um chute, me senti aprisionado sob seu corpo
pesado. Ele empregava força para me conter e, isso começou a excitá-lo. Meus
olhos azuis estavam injetados pela raiva, tornando-os ainda mais atraentes, e
se nos fixavam dele. Não pude ver nenhum sinal de rancor ou fúria neles, mas
cobiça. Senti que ele arrancava minha cueca e se apoderava das minhas nádegas.
As mãos ásperas dele deslizavam, impunemente, sobre a minha pele fina e lisa,
enquanto a testosterona se encarregava de fazer seu sangue fluir acelerado em
suas veias, num tesão que ele não controlava mais. Ele se precipitou sobre mim,
procurando calar meus gritos com seus lábios sedentos. Eu virava minha cabeça
de um lado para outro, procurando fugir de sua boca, mas com isso só consegui
que nossos lábios se esfregassem, com força, um no outro. Senti o gosto de sua
boca e o cheiro do suor dele, isso parecia estar me entorpecendo, pois meus
sentimentos começaram a se transformar. Da repulsa, passei a experimentar
atração por aquele macho rústico. Por alguns instantes ele afrouxou meus
braços, supondo que eu estivesse rendido, foi quando a razão me voltou como num
flash, tentei escapar, mas ele num movimento ágil, praticamente, se sentou
sobre o meu peito. Fiquei com o rosto quase colado no volume que se projetava
saliente da sua cueca. A pica endurecendo, levantava o tecido da cueca com se
fosse uma barraca. Pela fenda que se formou junto à abertura das pernas, dava
para ser um de seus globosos bagos, revestido por espessos pentelhos negros.
Ele abaixou o cós da cueca, fazendo saltar o maior cacete que eu já havia
visto, até então. Quando a pica caiu sobre o meu rosto, já estava começando a
babar, e o cheiro daquele líquido pré-ejaculatório invadiu minhas narinas. Ele
esfregou o cacete no meu rosto, detendo-se sobre os meus lábios. A glande morna
e úmida deixava escorrer seu líquido translúcido e viscoso sobre eles e, quando
senti o sabor levemente salgado, abri-os receptivo e comecei a chupar, gota a
gota, o néctar que aquela cabeçorra derramava em minha boca. Ele me encarava
incrédulo e excitado, satisfeito com minha postura submissa.
- Chupame La polla,
culer hermoso, que tengo los huevos cargaditos y te voy a llenar la boca de
leche tíbia! – proferiu, na intimidade de seu idioma.
Enquanto ele segurava
minha cabeça em suas mãos, eu lambia e chupava, sem pressa, aquela vara grossa,
que se retesava com os estímulos que eu provocava. Abocanhei as bolas
pentelhudas, uma na sequência da outra, e chupei-as, fazendo a língua dançar ao
redor delas para sentir sua consistência borrachóide e engorgitada. A
voz, grossa e pausada, dele havia sido substituída pela emissão de sons
guturais desconexos, que aumentavam, a cada vez que eu sugava a ponta de seu
membro latejante. Eu já não oferecia resistência. A agitação de braços e
pernas e, o contorcionismo do corpo, eram, agora, apenas movimentos contidos e
languidos. Ele desmontou do meu peito, aliviando minha respiração, tirou minha
camiseta de um só movimento e, começou a chupar meus peitinhos. Sua boca voraz
lambia meus mamilos, enquanto ele cravava seus dentes à sua volta, ora com
mais, ora com menos força, marcando minha pele alva com o contorno de seus
dentes. Eu gemia de tesão, saboreando a investida daquele macho viril, com
todos os meus sentidos.
A voracidade dele não
conseguia se satisfizer apenas com estes toques fortuitos e carícias cerceadas,
ele queria mais, ele me queria por inteiro. Puxou-me para fora do saco de
dormir e me subjugou novamente à sua volúpia. Embora a luminosidade dentro da
barraca fosse precária, era suficiente para que ele pudesse ver meu corpo nu.
De fato, a pouca luz dava as nuances da minha pele clara um que de excitação. A
marca deixada pela sunga, nos recentes meses do verão passado, nas minhas
nádegas polpudas, deixaram-no com mais tesão ainda. Ele investiu brutalmente
contra elas, agarrando-as com força desmedida, deixando as marcas de seus dedos
nelas.
- Puta madre, que
nalgas! Tu anito vá a sentir la verga de un hombre! – disse ao enfiar seus
dedos em meu rego à procura do meu cuzinho.
- Não me machuque. –
pedi, num murmúrio abafado, ao pressentir a fúria da sua investida.
Gemi quando o primeiro
dedo dele entrou no meio das minhas pregas apertadas. Ele me dedou
demoradamente, antes de enfiar seu rosto barbudo entre as nádegas lisas e,
lamber afoito meu cuzinho rosado. Meu corpo foi tomado por um tremor incontrolável,
espasmos involuntários faziam meus músculos se retesarem num desejo inédito. A
despeito de tudo, eu queria sentir aquele homem dentro de mim, e isso me
assustava. Deitado de costas recebeu-o sobre mim, seus braços fortes e peludos
não fizeram esforço para abrir minhas pernas, que ele apoiou sobre seus ombros.
Sem desviar o olhar do meu cuzinho amplamente exposto, ele apontou a cabeçorra
de sua pica contra aquelas pregas circundando o alvo de seu desejo. O líquido
aquoso continuava a minar do orifício uretral, molhando meu cu. Ele começou a
forçar meu esfíncter anal com ganas de touro bravio. Eu gemia
descontroladamente a cada investida e, soltei um grito quando o caralho dele
ganhou a luz do meu ânus. Senti que minha carne se rasgara para permitir a
entrada daquela tora de carne quente e pulsátil. Afogueado como estava e,
governando suas ações, guiado pelo tesão que o possuía, senti-o me estocando
dolorosamente. Ele se sentiu poderoso, tão macho dominando outro homem, com um
corpo bonito e sensual, que receberia seu cacete sem poder protestar. Espalmei
minhas mãos sobre o peito musculoso dele, tentando fazê-lo parar aos gritos.
Foram eles que o trouxeram à realidade e, vendo meu desespero, ele estagnou,
esperando que minha musculatura anal se acostumasse ao volume que a distendia.
Quando minha respiração se tornou mais calma e ritmada, ele voltou a movimentar
sua pica dentro de mim, avançando gradualmente, até que eu começasse a sentir
seu sacão batendo contra as minhas nádegas, e se interpondo no meu reguinho.
Seu olhar penetrou meus olhos azuis e um sorriso de prazer iluminou seu rosto
afogueado. Puxei-o sobre mim e comecei a beijá-lo com carinho e suavidade. No
início, ele deixou que eu o beijasse seguidamente, eram sutis toques dos meus
lábios sobre os seus, ele os recebia com evidente satisfação, mas depois
começou a retribuí-los, comprimindo-os com força contra os meus e, penetrando
sua língua em minha boca. O sabor e o cheiro daquele homem, só me faziam
desejá-lo mais. A pica dele se movimentava dentro de mim em amplos movimentos
de vai-e-vem, cadenciados e firmes, ao som dos meus gemidos gulosos. Ele não se
cansava de arremeter nesse penetra e quase tira, esfolando minha mucosa anal
desprotegida. Um grito meu encerrou as estocadas, quando ele repentinamente
sacou a rola do meu cu. Baixando minhas pernas e me ajudando a ficar de bruços,
ele voltou a subir em mim e a recolocar seu membro insaciável entre as pregas
dilaceradas. Novo grito e mais uma longa série de estocadas depois, deixaram-no
pronto para despejar um volume surpreendente de porra no meu cuzinho morno. Ela
saia em fartos jatos, espessa e quente, inundando minhas entranhas com sua
umidade acalentadora. Travei as nádegas ao redor da sua pica, como que para
extrair até a última gota daquele néctar másculo. Ele se regozijou com essa
atitude e me abraçou para sentir meu corpo mais junto ao seu. Ele permaneceu um
bom tempo deitado sobre mim, o corpo todo suado, com a pica cravada nas nádegas
agasalhadoras, chupando e beijando meu cangote, esperando que ela amolecesse.
Como isso estava demorando a acontecer, ele se deitou de lado, sempre me
abraçando, até ficarmos aconchegados em forma de concha. Lembro-me de estar
sentindo muita dor em toda região pélvica e, uma calmaria cujo prazer era
indescritível, quando meus olhos marejados, pelo choro silencioso, começou a
pesar com o cansaço invadindo meu corpo. Um ar morno e rítmico sibilava às
minhas costas, o Ramón adormecera exausto pelo dia repleto de emoções.
Despertei assustado,
sem saber no primeiro instante, onde me encontrava. Eu estava deitado de lado,
com a cabeça apoiada no ombro do Ramón e, a mão pousada sobre o seu peito,
subia e descia a cada vez que ele inspirava. A chuva havia cedido durante a
madrugada, só restava um cheiro de folhas úmidas e, uma luz difusa se
infiltrava pelo tecido da barraca. O Ramón abriu os olhos, igualmente perdido. Encarou-me
satisfeito e começou a esboçar um leve sorriso.
- Buenos días!! – cumprimentou
ao mesmo tempo em que impedia que eu retirasse minha mão de seu peito, e a
beijava com doçura.
Vestimos nossas roupas
e saímos da barraca, ele segurava minha mão e me levou a pouca distância, onde
abriu sua braguilha e tirou o cacetão, colocou minha mão ao redor dele e
começou a mijar como um touro. Sua mão se fechou apertando minha bunda e ele
pediu um beijo, com um olhar suplicante.
Enquanto desmontávamos
a barraca o sol começou a surgir no horizonte, um espetáculo de luz e sombras
banhou o vale aos nossos pés e lambia a encosta da montanha. Começamos a
caminhar, e pouco depois entramos numa trilha de pouco mais de dois quilômetros
que findou a beira do lago de águas mais azuis que já vi na vida.
- Placentero como tus
intensos ojos azules! – exclamou ao fazer uma reverência com o braço, como a
indicar a entrada para aquele paraíso.
- É lindo mesmo. Estou
fascinado! Gracias! – concordei, sorrindo para ele como uma criança, que acaba
de ganhar um presente.
Ele me ajudou a posicionar
a máquina fotográfica e depois corria em minha direção, após ter armado o
disparo automático. Com isso, as fotografias captaram imagens engraçadas dos
dois em posições esdrúxulas e divertidas. Depois de explorar outros recantos
começamos a caminhada de regresso. Meu cuzinho ardia, aquela dor ainda se
espalhava por toda minha pelve e, minhas entranhas guardavam seu tesouro úmido,
quando chegamos ao hotel sob os olhares aflitos dos meus amigos.
- O que foi que
aconteceu? Já acionamos a guarda florestal. Os meninos estão lá tentando dar
informações depois de consultarmos a agência. – dizia a Laura com visível
preocupação.
- Fomos pegos pela
inversão térmica e pela chuva. Não deu para voltar – respondi exausto.
- Você está bem? Como
foi que vocês se arranjaram durante a noite? – continuou curiosa.
- Estou bem! Foi uma
noite difícil, mas deu tudo certo. – respondi, sob o olhar furtivo do Ramón.
Com o regresso do
Carlos e do Júlio com dois guardas florestais, esclarecemos tudo e fui sendo
arrastado pelos dois, mais a Laura e o Leonardo, que acabara de descer até a
entrada do hotel, para dentro do saguão. Antes de cruzar a porta, me virei à
procura do Ramón. Ele estava junto ao Land Rover fechando o porta-malas donde
havia retirado minha bagagem.
- Mando a conta para o
hotel – disse ao se despedir de mim com um olhar cheio de cumplicidade.
- Está bem. Adeus! –
respondi, dando-lhe as costas e atravessando a porta do saguão.
Horas mais tarde e mais
descansado, depois de um banho renovador, onde lavei o sangue que aderira às
minhas pregas e tingira minha cueca, tomava um café no terraço do hotel, quando
meus pensamentos voavam soltos por entre os episódios do dia anterior. Se o
Ramón estava perdido e precisou consultar a bússola para saber onde estávamos,
como foi que, na manhã seguinte, ele achou a trilha para o lago com tanta
facilidade? Teria sido tudo um blefe? Um ardil para estar a sós comigo? Então
ele havia planejado isso tudo. Será que estava a fim de mim? De onde ele tirou
a ideia de que eu podia aceitar sua investida? Minha cabeça estava repleta de
perguntas e, nenhuma resposta.
Na manhã seguinte, ao
fecharmos a conta do hotel, a recepcionista me estendeu um envelope com o
timbre da Uguirra Expediciones e, meu nome escrito numa letra firme e bonita.
Quando abri o envelope, um único pedaço de papel colorido, de fundo azul,
apresentava a mesma letra bem desenhada, onde se lia:
Foi à porra mais gostosa que já
ejaculei em minha vida.
Boa viagem de regresso.
Beijo,
Ramón
Minhas pregas anais se
fecharam em torno do vazio. Comprimi o papel entre os dedos, sob o olhar
curioso dos meus amigos e, fui colocar minha bagagem no carro.
- Estranho que a
agência não tenha deixado à conta. – observou o Carlos.
- Talvez não quisesse
cobrar por conta do incidente na montanha. Ou talvez ela já tenha sido paga! –
a Laura comentou com sarcasmo, que ninguém entendeu.
O Chicão me encarava em
silêncio, não emitira um único som desde que comecei o relato, mas algo me
dizia que aquele silêncio era preocupante. De repente tive muito medo dele não
entender o que se passara, e mais ainda, com a possibilidade de perdê-lo. Fui
soltando as últimas palavras, cada vez mais lentamente, como uma locomotiva que
vai chegando à estação.
- E foi isso, Chicão!
Essa é minha história na Patagônia. Nada de que você precise ter ciúmes. –
encerrei preocupado, analisando as expressões de seu rosto, para ver se descobria
o que estava se passando em sua mente.
- E quando foi que
vocês se encontraram novamente? – indagou, depois de alguns minutos de
silêncio.
- Nunca! Nunca mais o
vi, nem tive notícias dele! Juro! – me apressei a responder.
- Agora sou eu quem vai
te levar até lá. E você já sabe como vai me pagar essa féria não sabe? –
indagou com um sorriso malicioso.
- Sei, sim! E vou
adorar fazer isso. Eu te amo com todo o meu ser. – respondi feliz.
Dias depois, ao
retornar do trabalho, encontrei o Chicão em casa, ele havia preparado um jantar
à maneira dele, meio da cantina, meio ajeitado nas travessas por ele. Antes de
me sentar à mesa, tomei uma chuveirada e, quando voltei ao nosso quarto percebi
que a última gaveta do armário estava entreaberta. Antes de fechá-la dei uma
olhada, e vi que estava toda revirada. Numa caixa sextavada de papelão eu
guardava fotografias e, nela deveriam estar as que tiramos na Patagônia. Não
havia mais nenhuma das que o Ramón aparecia a meu lado.