O que é?
•
Literatura erótica gay é uma expressão englobante para literatura erótica
criada por gays, ou envolvendo personagens, temas ou narrativas no âmbito da
comunidade e cultura gay tambem conhecidos como contos eróticos.
A história da literatura gay
•
Na cultura ocidental, a literatura gay tem as suas raízes nas culturas
da Grécia Clássica, com
autores como Petrónio, que era romano.
A literatura gay no Brasil
•
No Brasil, a primeira grande obra de literatura gay é o Bom Crioulo, de Adolfo Caminha, sendo de notar
ainda O Terceiro Travesseiro, de
Nelson Luiz de Carvalho, A imitação do amanhecer, de Bruno Tolentino, O Teatro
dos Anjos, de Dirceu Cateck.
Como criar um conto
erótico.
•
O conto se resume em 4 etapas
•
Inicio.
•
Acontecimentos.
•
Clímax.
•
Fechamento dos fatos.
O inicio
•
O inicio dos contos deve ser de seu gosto.
•
Voce pode contar como voce conheceu a pessoa.
•
Começar se apresentando.
•
Ou apresentando um lugar.
Acontecimentos.
•
Com os acontecimentos voce vai levar sua historia ate
o motivo que aquilo aconteceu.
•
De sempre detalhes. (local, como é a pessoa, o que o
personagem estava fazendo e Etc.).
•
Continue e de detalhes principalmente do primeiro
contato físico.
•
Clímax
- o Clímax começa quando o autor desenvolve toda uma relação amorosa dos personagens (quando começa a pegação a putaria). O clímax pode ser romântico, violentador, e normal.
• Como saber seu clímax esta
perfeito? O Autor deve se excitar junto com seu texto o autor deve sentir tesâo
junto com seu personagem
Fechamento dos fatos
• O Fechamento será o fim do
conto que ira contar o que aconteceu depois do clímax e o que acontece com os
personagens
• Umas grandes maiorias de
contos terminam com o personagem gozando.
Exemplo de conto:
Uma disputa serrada
Isack é o tipo de cara que não precisa de
apresentações. Bazófio e exibicionista, ele mesmo se encarrega de fazê-lo e,
cheio de superlativos não lhe é difícil convencer as pessoas de seus dotes e
qualidades. Conheci-o por meio de um programa governamental de intercâmbio em
Washington, nos Estados Unidos. Profissionais de diversas áreas e recém-formados
eram, depois de acirrada e exaustiva seleção, subsidiados por dois anos, para
ampliarem seus conhecimentos e experiência, junto a universidades, empresas ou
órgãos governamentais daquele país. Por ser um destes bolsistas, compartilhei
um apartamento com outros três intercambistas, entre eles o Isack, que
estagiava numa empresa de tecnologia da informação, em Brightwood, um bairro
eminentemente residencial e tranquilo, de alamedas arborizadas e largas
calçadas, com poucas opções de comércio e vida noturna, na parte norte do
Distrito de Columbia, onde se localiza a capital americana. Os outros dois eram
o Natã, um militar que, por meio do intercâmbio, acrescentaria alguma estrela à
sua patente e, o Gustavo, que desenvolvia um projeto social numa ONG
internacional, o único de nós com parentes na cidade, vivendo na ilegalidade e
subempregados na construção civil, que era a grande empregadora do momento, devido
à próspera expansão imobiliária, pela qual a região passava.
Era raro os quatro estarem em casa ao mesmo tempo,
o apartamento servia como uma espécie de base, onde cada um tinha seu canto,
mais do que propriamente um lar. Ficávamos pouco em casa, sempre envolvidos com
nosso trabalho, e o utilizávamos basicamente para dormir. Principalmente o Isack
e eu, uma vez que o Natã muitas vezes dormia no quartel e, o Gustavo ia para a
casa dos parentes, assim que o final de semana se aproximava.
Eu havia decidido não frequentar os guetos
brasileiros em Washington. Achei que estes dois anos eram uma oportunidade de
conhecer outra cultura e outro tipo de pessoas. Também não me afinava com o
modo como os brasileiros viviam no exterior, especialmente nos bares, cafés e
restaurantes que formavam o gueto. Assim, além de ser o mais tímido dos quatro,
também não ia para as baladas com eles. Onde o programa, enfadonho, consistia
em ficar correndo atrás das mulheres brasileiras, ouvir música popular brasileira,
comer comida brasileira improvisada e de gosto duvidosa, e remoer
reminiscências da terra natal. Um saco!
O Natã, o mais baladeiro do grupo, era o maior
entusiasta deste programa de índio. Sempre achava uma garota nova para terminar
a noite na cama dela. Embora fosse dono de um corpo malhado, a cara não ajudava
nas conquistas, por isso, sempre chamava o Isack e eu para irmos com ele.
Éramos seu cartão de visitas e, a certeza das mulheres ficarem com os olhos
espichados sobre nós. Com isso sempre caía alguma incauta e remediada em seu
papo. Depois de duas ou três destas noitadas, abandonei, definitivamente, a
companhia deles. Por um tempo fiquei mais recluso.
- Você não acha que o Marcos é meio estranho? –
perguntou o Natã ao Isack, num papo que surgiu entre eles, depois de uma das
minhas recusas em acompanhá-los a uma balada.
- Estranho como? – retrucou o Isack.
- Sei lá! Acho que ele é viado! Já reparou que ele
bota defeito em tudo que é mulher? – explicou o Natã.
- Nunca vi fazer nenhum comentário sobre qualquer
garota. Muito menos botar defeito nelas. Você não tá viajando nisso, não? –
perguntou o Isack.
- Duvido! O cara é todo gostosão. Não fica com
nenhuma garota. Ignora o fato de elas ficarem se oferecendo para ele. Só pode ser
gay. – concluiu o Natã.
- Espera aí... Gostosão como? – perguntou o Isack.
- Cara! Um dia destes fui ao quarto dele para pegar
um endereço de uma loja que ele havia comentado comigo. Entrei no quarto e ele
estava no banheiro tomando banho, a porta estava meio entreaberta e ele não me
viu. Mas pude ver o corpão dele. Cara, você não imagina! Ele é todo lisinho,
umas coxas grossonas e uma bunda branquinha de tirar o fôlego de qualquer
marmanjo. E, você sabe, a mulherada adora os olhos verdes dele e suspiram por
aquela carinha de anjo lisinha. Só que ele não tá nem aí para elas.
– descreveu indignado.
- Pelo visto você também se entusiasmou por ele! –
provocou o Isack, com um sorriso malicioso.
- Que isso, cara! Tá me estranhando! Mas que minha
rola ia fazer a festa no meio daquela bundinha tesuda, lá isso ia! – devolveu o
Natã, enquanto agarrava o cacete sob as calças, exibindo um tesão contido.
Depois dessa conversa entre os dois e, que eu
desconhecia completamente, notei que o Isack, às vezes, ficava olhando
demoradamente para mim e, quando eu notava, ele dava um jeito de disfarçar.
Também houve uma mudança em seu comportamento. Até ali, ele pouco fazia
brincadeiras comigo, mas de uma hora para outra, começou a me atazanar com
tudo. Certo dia saiu do seu quarto, apenas com uma toalha enrolada na cintura,
e veio me pedir um perfume emprestado. Como eu fiz uma firula antes de
consentir com o empréstimo, ele arrancou a toalha da cintura e exibiu a pica
avantajada que pendia indecorosa entre suas coxas peludas.
- É para deixar ele bem cheirosinho! – satirizou.
- Vá se catar! – retorqui, meio sem graça.
- Você há de convir que seja uma jeba de responsa!
– continuou orgulhoso, dirigindo seu olhar para o membro encorpado.
- Não sei de nada! É bonitinho! – revidei irônico,
enquanto ria desdenhosamente.
- Bonitinho? Você quer acabar com a minha
reputação? – inquiriu, indignado.
E com brincadeiras deste tipo ele ficava me
provocando. Também procurava ficar mais em casa quando eu estava, ou me
convidava para sair, desde que fossemos apenas os dois. Mas, quase sempre eu
recusava os convites, dando uma desculpa qualquer, que ele percebia ser apenas
arranjada para não ir. Uma vez que eu passara a fazer uns programas com os
novos colegas americanos do hospital onde eu estagiava, e nunca estava
indisponível para as baladas que eles promoviam.
Certa vez ele precisou fazer uma viagem, de duas
semanas, para a sede da empresa onde ele desenvolvia o intercâmbio, na
Califórnia. Quando o deixei no estacionamento do aeroporto internacional
Washington Dulles, após ter se despedido, voltou até a janela do carro e me
disse, na maior cara de pau, que era para eu me comportar e não ficar
inventando saídas noturnas, especialmente acompanhadas.
Logo no primeiro final de semana que o Isack estava
fora, o Gustavo pediu que o acompanhássemos até a casa de uma irmã, que distava
uns 140 quilômetros de Washington, nos arredores de Baltimore, pois sua
primeira sobrinha estava comemorando seu primeiro aniversário. Assim, o Natã, o
Gustavo e eu, fomos de carro até lá. A família morava numa casa modesta
e, o aniversário da garotinha foi comemorado com poucas pessoas, uma vez que
estavam ilegalmente no país e não queriam chamar a atenção da vizinhança. Afora
nós três outros irmãos do Gustavo mais um amigo dele e, um ou outro vizinho,
também ilegal, compunha o grupo de convidados. Estávamos no final de novembro e
a proximidade do inverno já se fazia sentir. Foi um final de semana de muita
chuva e um frio intenso, por isso a irmã do Gustavo disse para passarmos a
noite por lá e voltar no dia seguinte. No entanto, o Natã tinha que se
apresentar no quartel na manhã seguinte e não poderia pernoitar por lá. Pediu
que eu voltasse com ele e, foi o que fizéssemos ao cair da noite. A chuva e
rajadas de vento muito intensas haviam feito estragos, que podiam ser
observados ao longo da rodovia. Chegamos a um ponto em que ela estava
interditada, devido a um acidente envolvendo muitos automóveis e caminhões. O
resgate de vítimas e, a remoção dos envolvidos no acidente, já durava horas,
sob uma chuva torrencial, que atrasava o trabalho pela dificuldade de acesso
das equipes de socorro. Já era madrugada quando a estrada foi liberada e
pudemos seguir viagem. Eu estava exausto e, depois de um banho, me atirei sob a
cama para tentar dormir um pouco antes que amanhecesse. O Natã entrou no meu
quarto e, só de cueca, tentou se deitar comigo na cama, aproveitando-se do fato
de estarmos apenas os dois em casa.
- Passamos tanto tempo juntinhos e só agora estamos
à vontade. – foi falando, enquanto se lançava ao meu lado no colchão.
- Que juntinho o que? De onde você tirou isso? Vá
pro seu quarto, que eu quero descansar um pouco. – revidei desgostoso.
- Lá no carro eu já estava pensando em pedir para
você fazer um boquete na minha jeba, mas achei que você não toparia se
arriscar. – continuou todo presunçoso. Passando a mão nas minhas coxas de
maneira aviltante.
- E o que te faz pensar que agora eu vou topar? Se liga
cara. Cai fora daqui! – retruquei, empurrando com força a mão que segurava
minha coxa nua.
- Não precisa se fazer de difícil. Vou dar um trato
legal e com muito carinho nessa sua bunda tesuda. – disse calmamente, enquanto
me devorava com os olhos tarados.
De um salto, levantei da cama e o empurrei para
fora, expulsando-o do meu quarto.
- Se mudar de ideia é só me chamar, estou muito a
fim desse cuzinho! – exclamou rindo, ao sair contrariado pela porta, que fechei
as suas costas.
Não sou uma pessoa de ficar remoendo fatos
passados, nem de guardar rancor por muito tempo. Mas, desde aquela madrugada,
passei a tratar o Natã de modo mais seco e, evitava ficar a sós com ele.
- Você está diferente com o Natã! Aconteceu alguma
coisa? Vocês se desentenderam? – me perguntou o Isack, numa noite em que
decidimos ir a um shopping Center ver como estavam as vitrines para o Natal.
- Não aconteceu nada, apenas acho que ele é meio
folgado de vez em quando e, não gosto muito disso. – respondi, sem mencionar o
episódio, para não dar importância à investida dele.
Percebi que o Isack não se convenceu. Mas, discreto
e de boa índole, não insistiu mais no assunto, e nossa conversa tomou outro
rumo. De uns tempos para cá, aliás, tínhamos muito assunto. Nossas conversas
eram longas e eu mal percebia o tempo passar quando estava ao lado dele.
Gostava da presença dele. Notei isso quando ele ficou fora aqueles 15 dias.
Cheguei a sentir saudades dele. Armei-me de um sorriso descontraído e feliz
quando ele voltou e, o abracei com intimidade acalorada. Ele estranhou um pouco
toda essa abusividade, mas não deixou de demonstrar que havia gostado da
recepção.
O comportamento arisco do Natã e minha maneira de
tratá-lo, não saíam da cabeça do Isack. Quando surgiu uma oportunidade, ele
refez a mesma pergunta, que me havia feito, ao Natã. No entanto, a resposta foi
bem diferente da minha.
- Passamos uma noite juntos no carro enquanto
voltámos de Baltimore, devido a um acidente. – ele respondeu, com um sorriso
malicioso a insinuar que algo mais havia acontecido.
- Desde então já bati algumas punhetas sonhando com
aquela bundinha macia. – continuou, como se houvesse provado que minha bunda
era macia e, omitindo o fato de eu tê-lo expulso do quarto.
O semblante do Isack se transfigurou. Teve ganas de
dar um murro na cara do Natã, mas contido, ficou imaginando o que o outro
pensaria desta atitude. Qual seria a justificativa dessa agressão. Afinal, ele
não tinha nada haver com as nossas vidas. Éramos livres para fazer o que
quiséssemos. Começou a andar carrancudo. Ficava pouco em casa. A princípio
achei que estivesse contrariado com alguma coisa na empresa, ou talvez com a
família no Brasil, e deixei o tempo correr, achando que isso mudaria em alguns
dias. Mas, não foi o que aconteceu. Notei, então, que ele estava aborrecido
comigo, que me evitava e, que era grosseiro em suas respostas, quando eu
perguntava alguma coisa.
- Você está zangado comigo? – arrisquei, numa noite
quando ele chegou a casa sem dizer palavra e, foi direto para seu quarto.
- Não! Por que estaria? – retrucou irônico.
- É isso que eu me pergunto? Você tem algum motivo
para estar zangado comigo? Eu te fiz alguma coisa? – perguntei, espantado com
sua frieza.
- Se você não sabe quem sou eu para saber? –
indagou lacônico, e fechou a porta do seu quarto.
Fiquei arrasado. Pensei em abrir a porta e
esclarecer tudo ali naquela hora. Mas, zangado como ele estava só começaríamos
uma discussão, que eu não queria de modo algum. Gostava dele, e não queria
brigar com ele. Antes que eu encontrasse uma explicação plausível, meus olhos
se encheram de lágrimas. E, eu fiquei ali parado, magoado com o desprezo dele.
Não entendia o porquê de isso estar mexendo tanto com as minhas emoções.
Alguns dias mais tarde, o Natã bateu na porta do
meu quarto, trajando apenas a cueca, e me perguntou se eu podia examinar umas
manchas avermelhadas que estavam se formando próximo da virilha, na região da
cintura e nas costas. Enquanto eu examinava as lesões, o Isack entrou em casa e
ouviu que o Natã conversava comigo em meu quarto. A porta entreaberta permitiu
que ele visse o Natã praticamente nu, em pé ao lado da minha cama, onde eu
estava sentado, muito próximo do Natã.
- Desculpe se interrompo alguma coisa, mas vim dar
apenas um olá! – exclamou, lançando um rápido olhar de soslaio para dentro do
quarto, seguindo direto para o dele, onde se fechou mal nos dando tempo de
emitir uma resposta.
Constatei que o Natã havia contraído escarlatina e,
que o quadro clínico dele estava em franca evolução. Orientei-o a procurar o
médico da base militar para que fosse instituído o tratamento. Em seguida, fui
ao quarto do Isack dar-lhe a notícia. Antes que eu começasse a falar ele me
pediu para deixá-lo sozinho.
- Está acontecendo alguma coisa com você? Posso te
ajudar de alguma forma? – perguntei, ao vê-lo cabisbaixo e amuado.
- Já te pedi para sair daqui, não estou precisando
de nada. Vá continuar fazendo o que estava fazendo com seu amiguinho! –
derramou quase aos berros.
- Estúpido! O Natã está com escarlatina, isso é
contagioso, só vim alertá-lo para se precaver. – notifiquei apressado, antes de
bater a porta e sair dali.
Voltei para meu quarto, ainda incrédulo com essa
reação do Isack. Me despi, entrei no banho, tentando desanuviar a tensão e,
entender o que estava se passando entre nós. Éramos tão próximos, sentia que
uma amizade prazerosa estava se instalando entre nós e, de repente, essa
frieza, essa agressividade gratuita. Saí do banheiro, mais relaxado, com o
corpo quente, pela água que deixei escorrer demoradamente sobre ele. Levei um
susto, caminhando nu pelo quarto, ao ver o Isack refestelado sobre os meus
travesseiros.
- O que você está fazendo aqui? – balbuciei
apressado, tentando encontrar algo para me cobrir.
- Vim pedir desculpas por agora há pouco. –
respondeu como um autômato, sem desviar o olhar da minha nudez.
- Ah! Tá... OK, tá desculpado! Você pode me dar
licença? – pedi, cheio de pudores.
- Acho que me enganei ao ver vocês dois juntos. –
continuou, sem fazer a menor menção de deixar o quarto.
- Nós dois juntos? Do que você está falando? –
questionei, finalmente localizando a bermuda do meu pijama e a colocando
apressado.
- Nada não, deixa pra lá! – respondeu, rindo do meu
embaraço ao vestir a bermuda.
Foi então que uma suposição me veio à mente. Ele
estava achando que rolava algo entre o Natã e eu. Mas, de onde ele tirou essa
ideia? E, mais espantoso ainda, ele estava com ciúmes.
- O que você está imaginando sobre o Natã e eu? – perguntei
mais confiante, agora que estava vestido.
- Não tenho que me meter nesse assunto de vocês. –
respondeu prontamente.
- Eu e o Natã não temos assunto nenhum. Aliás, não
temos nada. Você está delirando! – exclamei aborrecido.
- Achei que vocês estavam protagonizando outro
evento como o que rolou no dia em que ficaram presos no congestionamento da
rodovia. – entregou finalmente.
- Evento? Que evento? – perguntei ingênuo.
- Esquece! É coisa particular entre vocês. –
respondeu enigmático.
- Agora você vai me dizer exatamente o que é esse
tal de evento, e que papo maluco é esse que você está tendo comigo. – impus
decidido.
- O Natã me contou o que rolou naquela volta
debaixo de chuva torrencial, vocês presos no carro, etc. E etc. – disse com o
olhar embevecido, que não parava de estudar cada milímetro do meu corpo.
- Não rolou nada! – respondi, frisando cada sílaba.
- Nada? – perguntou desconfiado.
- Só se ele te contou que eu o expulsei do meu quarto
por conta da investida que ele pretendia me aplicar? – indaguei incrédulo.
Um sorriso de alívio pespontou em seus lábios. Ele
me olhava com interesse redobrado e, uma cara de bobo.
- Você o expulsou do seu quarto? – perguntou
capcioso.
Contei mais detalhadamente tudo o que aconteceu
naquele dia e, à medida que relatava os fatos o Isack se deleitava com cada
palavra que saia da minha boca.
- Por acaso você ficou com ciúmes? – perguntei
brincando, depois de colocá-lo a par do ocorrido.
- Fiquei! – confessou subitamente.
Ainda perplexo com a resposta objetiva e
reveladora, parei de arrumar uns papéis na minha pasta de trabalho, que eu já
preparava para levar ao hospital no dia seguinte, e lhe direcionei um sorriso
carregado do afeto que nutria por ele. Dois ou três passos em minha direção
foram suficientes para que eu sentisse seus braços se fechando ao redor da
minha cintura. Suas mãos começaram a deslizar pelo meu torso nu com uma
intensidade que me fez alterar o ritmo da respiração. Os pelos do peito do Isack,
que desenhavam dois redemoinhos logo acima dos mamilos, resvalavam à pele
branca das minhas costas. Um arrepio percorreu minha coluna de cima abaixo e
chegou a minha bunda quase no mesmo instante em que o volume de sua pica se
comprimiu entre meu rego. Deixei que ele me apertasse contra seu corpo sentindo
a abundância das minhas nádegas. Eu podia sentir o ar morno que saía de sua
boca, roçando minha nuca. Meus mamilos se intumesceram, projetando-se hirtos,
numa demonstração evidente da volúpia que se apoderava de mim. Seus dedos os
palparam e apertaram, deixando que eu sentisse o tesão dele crescendo a cada
descoberta táctil que ele experimentava. Num impulso ele me arrastou até a
cama, reclinando-me de través e lançando seu corpão sobre o meu. Minhas mãos
deslizaram por seus flancos se encaixando sob suas axilas. Nossos lábios se
uniram suavemente, antes de procurarem, com sofreguidão, o sabor de nossas
bocas. O desejo de posse dele veio junto com a língua que penetrou minha boca
e, minha aceitação se manifestou quando passei a chupá-la delicadamente. Seus
beijos foram descendo pelo meu pescoço e peito. Instantes depois ele beijava e
lambia meus mamilos, chegando a mordiscá-los dolorosamente. Eu me contorcia
sedutoramente sob o peso do corpo dele, o que provocava sua libido. Sentia suas
mãos penetrando na minha bermuda em busca das minhas nádegas carnudas. Logo eu
estava sem elas, e o acesso facilitado àquela pele morna, confirmava sua
habilidade predadora. Gemi ao senti-lo abrir meu rego.
Ágil, ele se desvencilhou das roupas e, postou
diante do meu rosto a pica volumosa, pude sentir o cheiro másculo que emanava
dela, quando ele a esfregou na minha face e nos meus lábios. Timidamente,
comecei a beijar o membro quente dele, depois, com lambidinhas suaves, fui
explorando toda a extensão daquele cacete que se empinava sob a ação dos meus
estímulos. Com a ponta dos dedos, e com o zelo de alguém que manipula uma joia,
acariciei seus bagos enormes, antes de chupá-los suavemente. Colocava-os na
boca e envolvia-os com a língua, em movimentos sutis e ritmados. A
pré-ejaculação que começou a sair da glande arroxeada umedeceu meus lábios
sedentos e, quando dei por mim, estava com boa parte do caralho enfiado quase
até a garganta. Ele fudeu minha boca, segurando minha cabeça entre as mãos, e
os pentelhos do sacão dele faziam cócegas no meu queixo. Chupei demorada e,
carinhosamente, seu falo latejante, enquanto ele se satisfazia ao assistir meu
desempenho, sob um olhar de total submissão. Ele arfava com a sensação dos meus
lábios úmidos a lhe sugar a pele sensível da glande. Tomado pela tara de entrar
em mim, ele me fez flexionar os joelhos e, apoiado com o ventre sobre dois
travesseiros, tive as nádegas apartadas, o que lhe permitiu visualizar meu
cuzinho rosado, se contraindo de desejo. A língua áspera e úmida dele explorou
as pregas delicadas do meu cú para, em seguida, seus dedos testarem a
elasticidade e a resistência do meu esfíncter. Nada mais o deteve ao notar que
era firme e empático. Quando senti a grossa cabeça do caralho do Isack se
cravando entre as preguinhas apertadas do meu cú, um som indefinido, algo entre
um gemido e um grito, assomou meus lábios. Imediatamente, lembranças da minha
adolescência tornaram a ganhar vida. Naquela época, durante uma excursão da
turma do colégio, um colega de classe, com o qual eu passava boa parte do
tempo, entre estudos e amenidades, me despertou a sexualidade. Dividíamos o
mesmo quarto de hotel e, na primeira noite juntos, senti a dor de ser
desvirginado por seu cacete afoito e desesperado de tesão. Minhas pregas se
dilaceraram sob o jugo da pica que ele me enfiava com toda a destemperança e
impaciência que o tesão juvenil impõem. A situação agora era outra. O Isack não
era um garotão despreparado. Era um homem que sabia controlar seus impulsos,
embora estivesse tomado da mesma necessidade e do mesmo tesão. Ele manejou o
pinto no meu cuzinho com muita habilidade. Sabia avançar, ler o desespero
estampado no meu rosto, aguardar as pregas se ajustarem ao grosso volume que as
feria, se deleitar sentindo o cacete sendo aninhado no meu cuzinho e, então
meter mais um pouco, fazendo com que a pica se alojasse, completamente, nas
minhas entranhas mornas e aconchegantes, tendo meus gemidos como estímulo para
seu ímpeto. Eu o desejei tanto quanto o ar que necessitava para respirar e, o
rebolar suave das minhas nádegas, ajeitando e massageando carinhosamente a rola
comprimida nelas, era a demonstração evidente desse desejo.
- Fala pra mim quem é teu macho, fala! – ele
sussurrou ao chupar minha nuca, tomado de volúpia.
- Você é meu macho, meu homem querido! – gemi entre
dentes.
- Sou o macho que você precisa saciar! – murmurou,
enquanto socava, brutalmente, a pica no meu cú, tomado pela iminência de
despejar seu gozo nessa maciez agasalhadora.
Eu estava quase gritando quando os jatos de porra
me invadiram impunes e abundantes, trazendo certo alívio para minha mucosa anal
esfolada. Eu me senti mais feliz do que alguém que descobre um tesouro. E tive
a certeza de que o havia encontrado. Quando ele se deixou cair estendido ao meu
lado, comecei a cobri-lo com meus beijos carinhosos, queria gratificá-lo por
seu desempenho viril e, queria que ele soubesse o quanto gostava dele. Fomos
aplacar o suor que havia tomado nossos corpos sob o chuveiro. Um discreto
filete de sangue descia lentamente pelo lado interno da minha coxa e, enquanto
eu o continha, ele me apertou em seus braços e me beijou gulosamente. Ali
mesmo, com a mansidão da água quente a deslizar por nossos corpos, ele me fudeu
mais uma vez. Adormeci acariciando seus cabelos, com a cabeça dele apoiada em
meu colo.
A princípio, nossas acaloradas noites de amor
aconteciam sob um manto disfarçado. Mas depois, ele quis afirmar sua ascensão
sobre mim, especialmente, frente ao Natã. A oportunidade surgiu numa tarde de
domingo. A neve se acumulava no peitoril da janela, e a faia, cuja copa
alcançava as janelas da sala, esticava seus galhos, em súplica, para os céus. O
Isack e eu acompanhávamos uma partida de hóquei, quando o Natã voltou do
quartel, depois de dois dias consecutivos de prontidão. Acomodou-se na poltrona
ao lado do sofá, onde o Isack e eu estávamos com as pernas parcialmente
entrelaçadas. Para mostrar ao rival que havia se apoderado do troféu que ambos
disputavam, o Isack me puxou para junto de si, e me beijou acalorada e
acintosamente, deslizando sua mão para debaixo do meu moletom e apalpando sensualmente minhas nádegas. Retribuí seu
gesto com carícias em seu rosto e um sorriso cheio de cumplicidade.
Já decidimos que, ao regressar ao Brasil, vamos
morar juntos, pois a cada dia descobrimos que as afinidades que nos unem vão
muito além da relação sexual. As pequenas coisas do dia-a-dia, inclusive as
desavenças, estão atuando como uma cola que nos aprisiona no mais sublime dos
sentimentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário